domingo, 14 de setembro de 2014

Insanidade e Sonhos Reais Demais/De Mais

Poucas almas são capazes de distinguir ...

Caleb era um detento da vida e prisioneiro de si mesmo
Ele forjava segredos nos olhos de quem o queria ver
Ela forjava os sonhos para melhor vi(ver) durante o dia
E as noites mais frias continuavam os mesmos lamentos
Mas, aquela  manhã de domingo começou diferente
A lembrança do acontecido e sonhado era agora distinguido
Finalmente!
Nas tentativas de garfar o molho ela perdia a atenção
Do que dizia e tentava defender incoerente como sempre
Silenciou-se para observar com atenção Caleb, em tudo
Em nada, era lá fora com ela e com o que mais estivesse
Mil versos ela escreveria, já que palavras são infinitas
E descrição em ambos sentidos não era um de seus melhores
Para findar ela bebeu todo o absinto que encontrou empoeirado
Era a fuga e a solução para seus problemas desfigurados
Pouco absorveu depois do fogo descer por sua garganta aflita
Ouviu ''estranha'' e viu tudo girar ao infinito sem música
Ele se aproximou e a abraçou como quem vai embora
Mas falou baixo em seu ouvido palavras que ela não ouviu
Entretanto ela havia entendido o que ele queria dizer lá
O puxou pela mão e ele, surpreso por ela estar ali com ela
Repetiu o dito antes e olhou fundo nos olhos escuros
Lá encontrou tudo já conhecido há certo tempo incerto
A mão estava no cabelo, e agora os lábios dele nos dela
Foi puro, e por isso tão errado - até mesmo diante do limbo
Pediu silêncio e segredo, ela concedeu e foi ele embora só
Ao pensar no que acabara de viver, surtou como nunca antes
Perguntaram onde estava o tal Caleb Sindores e suas ideias
Exitou falar de boca aberta e seu fraco coração parou de pulsar
A levaram ao hospital
Ligaram para a família
Chamaram todos os médicos
Injetaram de tudo:
Morfina, Realidade, Coerência e glicose
O doutor aflito comentou com a enfermeira
''Nunca vi um caso assim, é muito estranho''
E, estranho era de fato um bom adjetivo para ela
Apenas perdia a posição de melhor para o perfeito:
Louca.











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