Monarquia de Palavras
sábado, 14 de março de 2015
Repita a cena.
Para quem sempre vislumbrou a Lua, dois sóis causam um estrago belo.Há muitas primaveras que o vento do inverno não testava os cabelos curtos.Uma vez escrito, lido ainda será. Ah, subjetividade, quando é que deixará estas mãos?
Os vilões, não os violões. Eles são (ou deveriam ser) acionados na junção do dedão com o dedo do meio, um toque e o personagem está livre a transitar.Pois é, eu deveria estar fazendo outras coisas, mas minha fraqueza combina muito bem com linhas em branco.A arma é simplesmente uma caneta carregada e, a vítima...∞
A tontura tomou os olhos secos por uma fumaça, talvez neblina de sonhos.Tentou de todas as formar levantá-los ao voar de pássaros azuis e das aves de Hitchcock.
Há tempos uma garotinha esperava ansiosamente ser mulher. Com o tempo passou a arrepender-se de tal desejo até, finalmente, sentir a mudança correr escura em suas veias.
Eu cuspo dores de rascunhos no peito, de canetas de ponta fina pintando sombras entre as linhas.
A poesia nunca é pura. A poesia é gritada.
A madrugada será longa e o nevoeiro, distante. Pensava em mesóclises; em como tratar um texto de forma menos pessoal.E queria chorar de tanta dor insuportavelmente boa que sentia.Queria sentir-se um pouco menos feliz para dosar o que sentia.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Quem há de ler outra paródia
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Já faz falta
Fui toda de negativas.Inevitavelmente o fim de uma era, provavelmente a melhor : a mais estranha.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Gole de outros venenos
Vomitava mais que sempre desejara fazer.Fez as malas, não deixou bilhete e pegou o primeiro trem para a ultima estação.
Desdenhou as rachaduras nas mãos, as mechas molhadas.Aguentou mais um dia, e, mais uma noite detenta a sobreviver dos seus segredos.Eram muitos antigamente, hoje, apenas três.
Nem mesmo um condão faria outra lágrima voltar.A garganta não mais cedia e despejava nas letras mais um pouco do que não tinha como ser descoberto.Eram drogas demais embaladas em vidros comerciais, intituladas como deveras os donos quisessem.
Vício congruente, choro e mentiras em nome das verdades - sonhadas em felizes.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Outros braços
Quando os braços me têm, levemente nos meus, mãos, costas e rosto, mesmo sem a dança, os passos são dançados.
Mãos imponentes em terno preto, vingam novamente o melhor dos abraços adentrados.O ar toma todo o pulmão : perfume que suspira !
Como sentiria falta desses momentos raros ao fim do sol para a noite reter o desespero.
Nos corredores estrelados encontrei-o.Pus as mãos nos braços dele e mostrei preocupação, mas o Sol gritava e ele não ouvia : chegou mais perto.Uma mão em minhas costas e a outra na minha face.Repousei as minhas uma no ombro e a outra no peito.Disse-me palavras que não entendi, malditas estrelas gritando.
Abracei-o com força e não quis soltar, foi semelhante ao abraço que me deu num corredor branco mais de um ano atrás...Jamais o soltaria se pudesse assim ser.Ele foi quem soltou.Mirou meus olhos com os brilhantes dele e beijou meu rosto segurando-o com as duas mãos.Sorri deliberadamente - pois não tive outro adjetivo para dar - e o vi sumir majestoso pelo chão de madeira.
Enxugou minhas lágrimas pela moldura do espelho.Nada o prometi, apenas a mim que não esqueceria o dono dos abraços vigias do tentar.
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Flavo como o rei
Não me lembro qual música tocava...Não sei que horas eram...Não sei o que se passava em minha mente.Provavelmente Meio nada e meia.Do que restou, as promessas são muitas da minha parte, incontáveis vezes que os pensamentos afogaram meus olhos.
Da certeza trago pouco mais que a troca de olhares mais linda já vivenciada, trago um futuro que as telas retratarão.
Não são conjuras de amor! Não!
Já bastam as agonias que o amor me trouxe, tantas!
O salão parecia tão vazio, como sempre me parece; e, parecia tão errado não dançar a valsa.
Quando meus olhos pertinentes cismam com a grandeza, não há luz que os cubra.De tantas vezes que ousei chamar o destino para me ajudar, para intervirem em meu bem, em nenhuma delas meu pensamento fora tão grandioso.
Ah
me faltam palavras, como naquela noite.
Como pode uma alma tão podre como a minha se encher de brilho com algo que não chegou a acontecer? E ainda por falha minha?
Chega..Já é tarde e o ano já está a se acabar, quem sabe junto dele se vão meus arrependimentos dos atos-não-feitos?
Se não fosse eu tão sonhadora e distraída, não seriam dourados os fios (seus).