tag:blogger.com,1999:blog-49481183187061744122024-02-07T03:01:36.917-03:00Monarquia de PalavrasBia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.comBlogger85125tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-37458441419984791312015-03-14T19:59:00.000-03:002015-03-14T20:05:43.258-03:00Repita a cena.Mesmo que tudo seja um sonho, os papéis continuam colados na parede.<br />
Para quem sempre vislumbrou a Lua, dois sóis causam um estrago belo.Há muitas primaveras que o vento do inverno não testava os cabelos curtos.Uma vez escrito, lido ainda será. Ah, subjetividade, quando é que deixará estas mãos?<br />
Os vilões, não os violões. Eles são (ou deveriam ser) acionados na junção do dedão com o dedo do meio, um toque e o personagem está livre a transitar.Pois é, eu deveria estar fazendo outras coisas, mas minha fraqueza combina muito bem com linhas em branco.A arma é simplesmente uma caneta carregada e, a vítima...<span style="background-color: white; color: #545454; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18.2000007629395px;">∞</span><br />
A tontura tomou os olhos secos por uma fumaça, talvez neblina de sonhos.Tentou de todas as formar levantá-los ao voar de pássaros azuis e das aves de Hitchcock.<br />
Há tempos uma garotinha esperava ansiosamente ser mulher. Com o tempo passou a arrepender-se de tal desejo até, finalmente, sentir a mudança correr escura em suas veias.<br />
Eu cuspo dores de rascunhos no peito, de canetas de ponta fina pintando sombras entre as linhas.<br />
A poesia nunca é pura. A poesia é gritada.<br />
A madrugada será longa e o nevoeiro, distante. Pensava em mesóclises; em como tratar um texto de forma menos pessoal.E queria chorar de tanta dor insuportavelmente boa que sentia.Queria sentir-se um pouco menos feliz para dosar o que sentia.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7ksHRUNvk3tBN7YjCoI4VOzuw5957FuGjb6UZ7zmxvgXlMmlgSYzn0XD9BrDxBg7U_1SKT2z0ZFVL1IIud321KJW4YD9IirtV7HnEYfbdFQVL5Kl2VKlzNIl-5RHDDWqX3ppwwPEUQo0/s1600/DSC_0023.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7ksHRUNvk3tBN7YjCoI4VOzuw5957FuGjb6UZ7zmxvgXlMmlgSYzn0XD9BrDxBg7U_1SKT2z0ZFVL1IIud321KJW4YD9IirtV7HnEYfbdFQVL5Kl2VKlzNIl-5RHDDWqX3ppwwPEUQo0/s1600/DSC_0023.JPG" height="212" width="320" /></a></div>
<br />Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-36186122440917930932015-02-11T01:08:00.000-02:002015-02-17T21:48:10.693-02:00Quem há de ler outra paródia<div style="text-align: justify;">
Roubaram-me a fala, as palavras, a caneta, os desenhos: tudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Esperava ansiosamente um adjetivo, uma resposta, uma mudança.Esperava que fossem mais discretos quando fossem falar sobre meu futuro, mais descritivos... Nem arma, nem faca usaram no roubo; apenas o conhecido método, o melhor deles: sequestro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quem diria que o mais furtivo me fora tirado.O mais precioso e indevido de minha vida.Amor? Paz? Estes voltam com o vento sempre fiel. O futuro me fora tirado, raptado e atado em cordas velhas. Ele é frágil e necessita de atenção, de cuidados.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os atrevidos perguntam qual era o valor do resgate. Tão alto quanto poderia imaginar. Pagar com o tempo, com a espera guardada nos cartões.Limpei a carteira: nada mais restara.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ligaram-me dizendo:</div>
<div style="text-align: justify;">
''Estamos perto, mais informações ainda hoje ''</div>
<div style="text-align: justify;">
Que terrível dia, de horas incontáveis.</div>
<div style="text-align: justify;">
Há de chegar, de ser recuperado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Uma carta estava à minha espera:'' 23 ''</div>
<div style="text-align: justify;">
Nenhuma lágrima ousou cair até receber o que fora prometido, o que fora pago. Mais de mil noites a conquistar o que talvez nunca chegue a voltar.</div>
<div style="text-align: justify;">
* É, continuo não sendo A melhor, apenas a mais pura antítese.</div>
<!-- SCM Music Player http://scmplayer.net -->
<script type="text/javascript" src="http://scmplayer.net/script.js"
data-config="{'skin':'skins/simpleRed/skin.css','volume':100,'autoplay':true,'shuffle':false,'repeat':1,'placement':'top','showplaylist':true,'playlist':[{'title':'p%E1ssaro, homem','url':'https://www.youtube.com/watch?v=U-5dJHhK_VE'},{'title':'Same name','url':'https://www.youtube.com/watch?v=d9sy9NOaDAc'},{'title':'cr%E8me br%FBl%E9e','url':'https://www.youtube.com/watch?v=unCVi4hYRlY'},{'title':'Eu cisne negro','url':'https://www.youtube.com/watch?v=wkEnAkeuBrk'},{'title':'Are you awake?','url':'https://www.youtube.com/watch?v=eXjkgyTeWl8'},{'title':'why so serious?','url':'https://www.youtube.com/watch?v=sKqAxtisXkg'},{'title':'escrito na parede','url':'https://www.youtube.com/watch?v=Ec9rd-ORuj8'}]}" ></script>
<!-- SCM Music Player script end -->
Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-21108774107021999432015-01-27T21:00:00.001-02:002015-01-27T21:55:45.608-02:00Já faz faltaNão acordei de manhã.Não pus o uniforme ou o tênis azul.Não cheguei cedo ou tarde.Não vi o reflexo nos vidros das lojas.Não rondei as salas como quem não sabia o que fazer.Não estralei os dedos.Não bocejei.Não tive o pequeno entusiasmo que sempre vinha.Não disse bom dia.Não acenei.Não ri.Não comi um salgado gorduroso nem uma maçã saudável.Não suspirei, nem ao menos sorri.Não reencontrei quem queria.Não voltei a ser quem nunca fui.Não vazei nenhum segredo no canto da boca.Não retornei aos braços da felicidade.Não alimentei um velho amor.<br />
Fui toda de negativas.Inevitavelmente o fim de uma era, provavelmente a melhor : a mais estranha.Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-79886637666289645762015-01-22T20:21:00.001-02:002015-01-22T20:21:33.761-02:00Gole de outros venenosA pele esmaecia em sentenças curtas.Os olhos inchavam.Entre os mil e um desejos que guardava cruzados no peito, todos os dois decidiram tomar frente naquele dia tempestuoso.Queria adjetivos, metonímias e complementos.Gritava nomes, queria ser dois - mesmo dois já sendo.Um por outro não havia como, tinha de igualar a queimadura com o remédio.<br />
Vomitava mais que sempre desejara fazer.Fez as malas, não deixou bilhete e pegou o primeiro trem para a ultima estação.<br />
Desdenhou as rachaduras nas mãos, as mechas molhadas.Aguentou mais um dia, e, mais uma noite detenta a sobreviver dos seus segredos.Eram muitos antigamente, hoje, apenas três.<br />
Nem mesmo um condão faria outra lágrima voltar.A garganta não mais cedia e despejava nas letras mais um pouco do que não tinha como ser descoberto.Eram drogas demais embaladas em vidros comerciais, intituladas como deveras os donos quisessem.<br />
Vício congruente, choro e mentiras em nome das verdades - sonhadas em felizes.Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-47849242704617406122014-12-24T15:28:00.001-02:002014-12-24T22:04:53.649-02:00Outros braços <p>Quando os braços me têm, levemente nos meus, mãos, costas e rosto, mesmo sem a dança, os passos são dançados.<br>
Mãos imponentes em terno preto, vingam novamente o melhor dos abraços adentrados.O ar toma todo o pulmão : perfume que suspira !<br>
Como sentiria falta desses momentos raros ao fim do sol para a noite reter o desespero.<br>
Nos corredores estrelados encontrei-o.Pus as mãos nos braços dele e mostrei preocupação, mas o Sol gritava e ele não ouvia : chegou mais perto.Uma mão em minhas costas e a outra na minha face.Repousei as minhas uma no ombro e a outra no peito.Disse-me palavras que não entendi, malditas estrelas gritando.<br>
Abracei-o com força e não quis soltar, foi semelhante ao abraço que me deu num corredor branco mais de um ano atrás...Jamais o soltaria se pudesse assim ser.Ele foi quem soltou.Mirou meus olhos com os brilhantes dele e beijou meu rosto segurando-o com as duas mãos.Sorri deliberadamente - pois não tive outro adjetivo para dar - e o vi sumir majestoso pelo chão de madeira.<br>
Enxugou minhas lágrimas pela moldura do espelho.Nada o prometi, apenas a mim que não esqueceria o dono dos abraços vigias do tentar.</p>
Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-59181025117325012952014-12-16T22:57:00.001-02:002014-12-16T22:57:59.159-02:00Flavo como o rei(Se for para vir, vem!)<br />
Não me lembro qual música tocava...Não sei que horas eram...Não sei o que se passava em minha mente.Provavelmente Meio nada e meia.Do que restou, as promessas são muitas da minha parte, incontáveis vezes que os pensamentos afogaram meus olhos.<br />
Da certeza trago pouco mais que a troca de olhares mais linda já vivenciada, trago um futuro que as telas retratarão.<br />
Não são conjuras de amor! Não!<br />
Já bastam as agonias que o amor me trouxe, tantas!<br />
<br />
O salão parecia tão vazio, como sempre me parece; e, parecia tão errado não dançar a valsa.<br />
Quando meus olhos pertinentes cismam com a grandeza, não há luz que os cubra.De tantas vezes que ousei chamar o destino para me ajudar, para intervirem em meu bem, em nenhuma delas meu pensamento fora tão grandioso.<br />
<br />
Ah<br />
me faltam palavras, como naquela noite.<br />
Como pode uma alma tão podre como a minha se encher de brilho com algo que não chegou a acontecer? E ainda por falha minha?<br />
Chega..Já é tarde e o ano já está a se acabar, quem sabe junto dele se vão meus arrependimentos dos atos-não-feitos?<br />
<br />
Se não fosse eu tão sonhadora e distraída, não seriam dourados os fios (seus).Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-89610809844530411352014-12-15T22:21:00.001-02:002014-12-15T22:42:11.734-02:00O segundo sonho : eugenia<div style="text-align: justify;">
Patinava no gelo, de um inverno estadonidense em 1969.Meados de novembro, preparativos ao Natal. Uma lagoa preservada verde e cristalina as águas, que pretendiam criar desordem naquela tarde.</div>
<div style="text-align: justify;">
Três salas grandes e um pátio que seguia um corredor até a cozinha. Nela, o espaço era pouco, e muito se encontrara entre os fogões assando bolos e a geladeira ao lado da porta. </div>
<div style="text-align: justify;">
Uma garota fora de seu tempo entretida com o que achara nas prateleiras da geladeira, tem a tarefa de segurar um recém-nascido no intuito de facilitar a passagem de uma conhecida. Ela o põe nos braços, quase o derruba, e, percebe assim que pureza como aquela não era do seu século de origem.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela passa a reparar e identificar cada objeto. Não encontra seu telefone no bolso. Agachada no piso repete a si mesma '' Não pode ser''. Decide agir, vai até o padeiro e pergunta:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Mauro, em que ano nasceu?</div>
<div style="text-align: justify;">
- 91.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela se alivia e percebe a tolice. Mas...Não! Não era possível que aquele senhor tivesse nascido em 1991, pois ela própria nascera em 1997 e, se realmente estivesse em 2014, seu presente, ele não apresentaria a idade. Entra em pânico:</div>
<div style="text-align: justify;">
-1891?</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele concorda e ela corre.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sabia que não podia alterar o tempo, pois uma vez mudado o passado para sempre o futuro seria consequente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ao avistar a conhecida, corre em busca de respostas.Grita:</div>
<div style="text-align: justify;">
-Escute-me, pare! Que dia é hoje?</div>
<div style="text-align: justify;">
- 18! - Responde com pressa.</div>
<div style="text-align: justify;">
-De que mês?</div>
<div style="text-align: justify;">
- Novembro ! - Agora já com deboche.</div>
<div style="text-align: justify;">
-Mas...de que ano?</div>
<div style="text-align: justify;">
-Bia, 1969! O que há contigo?</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela corre e pergunta às crianças quem era o presidente, apenas um se atreveu a responder '' Johnson'', mas o mesmo havia saído do poder no ano passado. Uma menina pequena, de oito anos, pede a ela um peixe. Ela pensa ''Oras, não tenho tempo para peixes!'', e envia um garotinho à lagoa para pescar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo estava em ruínas, cada palavra dela 45 anos adiantados tornaria moderno demais o passado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto ela precavia-se em cada passo, seu amigo esbanjava tecnologia na sala do meio. Ao ver a cena, ela entra no cômodo gritando e exigindo que parasse sem ao menos indagar o porquê ele tinha o celular e ela não.</div>
<div style="text-align: justify;">
O pior permanecia. O lago estava sob detetização e o garoto havia sumido. Os peixes afundaram em petróleo e o cheiro exalado contaminava os redores. Bia não tinha como resolver sozinha e volta à sala pensando que o amigo poderia ajuda-la. Que ironia, agora tudo estava em pleno equilíbrio: todos sentados enfileirados, silenciados e comportados. Ela avistou no último lugar, na ultima carteira um homem alto, ali sentado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela pensou que, devido as madeixas douradas e olhos celestes, se tratava de um anjo que perdera as asas. Em função disto, as mãos pálidas da moça foram diretamente tocá-lo nas costas, pouco abaixo dos ombros.</div>
<div style="text-align: justify;">
Subitamente ele se levantou, rindo e chamando-a pelo nome, como se o verbo ''conhecer'' tivesse agregado um significado mais profundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Todos os outros na sala estavam lá como removidos, insignificantes observando-os. Ela acabou abraçando-o por trás, fazendo cócegas. Davam passos para trás, frente e para os lados, e iam diminuindo a velocidade dos pés e da fala risonha...Até que, sem saber no que resultaria, ela para e o abraço continua. Sua cabeça se reclina no ombro quente e vai deslizando vagarosamente até o peito dele e se aloja ali.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sentindo o perfume puro e o calor da pele que se mostra tatuada, no lado direito do peito: versos. Ela não se conteve e teve de sentir as palavras por suas palmas das mãos, e passa a ler as letras pretas. Aconchegados um no outro, exitam o trocar de olhares, mas não conseguem e acabam por perdendo-se um nos olhos do outro. Ele inclina a cabeça e ela ergue a dela. Os lábios se tocam e contribuem à felicidade mútua. A sensibilidade se acentuou com a pureza e divindade compartilhada. Ela tinha medo de soltá-lo na possibilidade de ser abandonada, cultivando esperanças de uma nova visita de um anjo que não pode mais voar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os rostos se separam e trocam o último olhar de clamor. Ela acaricia o rosto dele como despedida mirando o azul inigulável dele. Ao deixar a sala da forma que a encontrara, com os versos na mente, ela nota o mal que fizera. Os deuses haviam escrito em linhas diferentes o destino daquele homem, que agora estava fadado a levá-la consigo sem jamais usufruir de um reencontro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Como ela havia voltado ao passado? Nem mesmo Bia sabia. Poderia ser delírio, efeito colateral, de testes de algum medicamente, insanidade; tecnologia militar ... Ou, apenas um sonho para alegrar sua semana. De tão anestesiada que se sentia, ela não debatia a fonte que a trouxera.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ao cruzar a porta, Bia se arrepende de ter alterado a história, mas também de deixá-lo lá. Vira-se. Abre a porta azul e estava a entrar no mesmo cômodo que saira, mas agora em sua atualidade. Bendito 2014. Bia fica imóvel ao reconhecer na sala cada rosto visto minutos atrás, não havia lógica que explicasse a situação vivenciada. Desta vez, estavam todos de pé, distraídos e conversando, e, enquanto ela boquiaberta analisava sua condição de realidade, o mesmo homem loiro vem em sua direção. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ele sorri e meche em sua cintura.Diz:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Ah, me desculpe, mas eu já não te vi em algum lugar?</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela reconhece cada traço dele, sorri singela e mente como nunca quis:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Não...Eu acho que não.</div>
<!-- SCM Music Player http://scmplayer.net -->
<script type="text/javascript" src="http://scmplayer.net/script.js"
data-config="{'skin':'skins/simpleRed/skin.css','volume':100,'autoplay':true,'shuffle':false,'repeat':1,'placement':'top','showplaylist':true,'playlist':[{'title':'Escrito na parede','url':'https://www.youtube.com/watch?v=Ec9rd-ORuj8'},{'title':'Same name','url':'https://www.youtube.com/watch?v=d9sy9NOaDAc'},{'title':'cr%E8me br%FBl%E9e','url':'https://www.youtube.com/watch?v=unCVi4hYRlY'},{'title':'Eu cisne negro','url':'https://www.youtube.com/watch?v=wkEnAkeuBrk'},{'title':'Are you awake?','url':'https://www.youtube.com/watch?v=eXjkgyTeWl8'},{'title':'why so serious?','url':'https://www.youtube.com/watch?v=sKqAxtisXkg'}]}" ></script>
<!-- SCM Music Player script end -->Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-30650579835741005652014-12-13T21:51:00.002-02:002014-12-14T11:39:38.482-02:00O cisne negro narrando as aves<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando a noite é descrição de arco-íris, feita em 7 listras, o pote no fim das cores é ouro apenas se parar de chover.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo, tudo coopera.Coração dispara, pulsação acelera em vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.Dois segredos, uma história e um sorriso.Poucas linhas e muito o que se dizer sobre algo que nunca aconteceu, sobre algo que não sei que aconteceu.</div>
<div style="text-align: justify;">
Como é falar sobre algo do qual se desconhece a existência? Inédito.</div>
<div style="text-align: justify;">
Elegância e uma pitada de suspiro.Importância com um bocado de integração.Com ainda mais encanto surge um pássaro em meu canteiro de flores.Ele responde quando o chamo, vai, e fico a observar quando ele me faz o mesmo...Canta baixinho, para que as outras aves não se sintam intimidadas - com suas asas novas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em seguida, me vêm um corvo.Muitos diriam que era melhor se afastar, tomar distância da criatura...Mas, por alguns motivos, aquele ser sombrio sempre me atraiu de uma forma ou outra.Pousou rasteiramente ao meu lado sem que eu notasse, deixou a frieza de canto e quente parou em meu ombro.Abriu as asas que arranhavam meu rosto, assim uma forte fragrância me atingiu.Senti-me segura para contar-lhe um segredo : '' Já vivi este momento num sonho''.</div>
<div style="text-align: justify;">
Achei que havia acordado, mas todas as flores do jardim ainda estavam por lá.Inclusive os girassóis malditos, que viravam, tontos, em torno das luzes dos espelhos da minha janela.Sonho sim, sonho não, deixei-me ir a andar entre as flores todas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Avistei, com certeza de que era, um bem-te-vi.Riu a mim como sempre cantarolando o que agrada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pouco ao seu lado, sai de um laginho, toda molhada, uma coruja.Abaixei-me e ela deu um passo, dois, em minha direção.Olhou-me com aqueles grandes olhos e piou.Toquei em suas penas e a água passou à minha mão.Foi embora dali, estava ficando tarde para perseguir aves no quintal..A presença da coruja já confirmava isto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sentei-me entre as flores azuis e a grama.Era confortável, nenhum inseto tão próximo, e, a luz da Lua começara a me atingir naquele exato instante.</div>
<div style="text-align: justify;">
Uma ágia, saída de nem-deus-sabe-daonde segue uma linha reta em minha direção.Meus olhos se tornaram fixos como os dela,ameaçadoramente belos.Ao estar frente a mim: parou.Voou para seguir a direção, mas as penas esbarraram no que posteriormente seriam as minhas.Virei-me: ela seguira em frente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fui-me de volta à casa e em frente ao espelho me deparei com os primeiros sinais: olhos manchados e penas na coluna.Virei a cabeça para olhar, do colo às costas meu pescoço grudou os lábios na pele.Na tentativa de gritar - ainda sem saber qual era o sentimento - assobiei.Cantarolei e cantei as águas de uma cidade a qual nunca fui...E, eu, tão pálida, beirando branca, via a escuridão tomar-me como gole de bebida em festa.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ao bater as asas, perdi o vôo e cai na terra seca.Acordei já curada, com o corpo terno e já repudiado por tudo: estava de volta à temível ''normalidade''.Recebi visitas, queriam me agradar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Foi-me perguntado o que queria de Natal, sugeriram um pássaro.Aquelas eram as opções,e, <u>eu, ainda não sei qual delas voar.</u></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 18.2000007629395px;"><br /></span></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://julianacunha.com/blog/wp-content/uploads/2011/02/blackswan2.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://julianacunha.com/blog/wp-content/uploads/2011/02/blackswan2.gif" height="136" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 18.2000007629395px;"><br /></span></span>
<!-- SCM Music Player http://scmplayer.net -->
<script type="text/javascript" src="http://scmplayer.net/script.js"
data-config="{'skin':'skins/simpleRed/skin.css','volume':100,'autoplay':true,'shuffle':false,'repeat':1,'placement':'top','showplaylist':true,'playlist':[{'title':'Are you awake?','url':'https://www.youtube.com/watch?v=eXjkgyTeWl8'},{'title':'Eu cisne negro','url':'https://www.youtube.com/watch?v=wkEnAkeuBrk'},{'title':'Why so serious?','url':'https://www.youtube.com/watch?v=sKqAxtisXkg'}]}" ></script>
<!-- SCM Music Player script end -->Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-73750246060580871942014-12-07T22:39:00.001-02:002014-12-07T22:46:29.944-02:00Os cabelos no chão<p>Para tudo há uma explicação, principalmente para o novo corte que aderi.Anteriormente, as mechas longas voavam ao vento e eram unidas em laço, mas, quando os tempos não eram mais de inverno nem verão, eram confusos, tive de escolher.<br>
Optei pela duplicidade.Metade longo, metade curto.Mantinha meus ideais antigos, os que o tempo formou e trazidos de berço; e rompia com os mesmos, realçando o outro lado que há tempos queria tomar vida.<br>
Foram pouco mais de 50 dias jogando a moeda ao ar: sendo cara ou coroa.Sendo bom exemplo de dia e vilão a noite.<br>
Como em tudo na vida, as trevas arderam mais e ultrapassaram os limites da direita e esquerda.<br>
Não foi uma escolha e nunca será.Foi uma necessidade.Um grito de socorro.<br>
A cor me interrompeu nos instantes de alívio.Sempre escuro, sempre sombra.Sempre refletira sem espelho o que agora totalmente sou : totalmente o outro eu.Um eu com nome gritando sem precisar se retratar ou apresentar.<br>
Por fim, nunca se tratou do meu cabelo...Mas isto, todos já sabem !<br>
</p>
Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-36299086179539262962014-11-29T18:36:00.000-02:002014-11-29T18:36:19.281-02:00voz Essa minha memória ruim ainda me custará lembrar quais são as vozes que perambulam no fogo.
<!-- SCM Music Player http://scmplayer.net -->
<script type="text/javascript" src="http://scmplayer.net/script.js"
data-config="{'skin':'skins/simpleRed/skin.css','volume':61,'autoplay':true,'shuffle':false,'repeat':1,'placement':'top','showplaylist':true,'playlist':[{'title':'Amor, meu grande amor','url':'https://www.youtube.com/watch?v=jC1ATUK7ei8'},{'title':'Sweet Dreams','url':'https://www.youtube.com/watch?v=hvhDHJAbPg4'},{'title':'Let%27s kill tonight','url':'https://www.youtube.com/watch?v=uu2XSQgdQDY'},{'title':'Caleb, ....','url':'https://www.youtube.com/watch?v=TSOv2PtPyHg'},{'title':'Voc%EA n%E3o me ensinou a lhe esquecer','url':'https://www.youtube.com/watch?v=U-S-KAXsWzE'},{'title':'Bandolins','url':'https://www.youtube.com/watch?v=3HQ029LsZrg'}]}" ></script>
<!-- SCM Music Player script end -->
Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-88768221372237462102014-11-24T17:00:00.001-02:002014-11-24T19:07:30.687-02:00Reminiscencia de fim de ano<p>Pensei muito no que me dizia respeito, no que vali neste ano que agora vai desgrudando das mãos.<br>
Como sempre, Caleb Sindores toma forma e vinho, e me fala as verdades que Cássia Eler já havia dito...porque "Eu sou poeta e não aprendi a amar ".<br>
Mesmo eu tendo a poesia, fiz diferente e aprendi a ter amor por 2014 e cada detalhe dele que irei sentir falta.<br>
O livro que abri me escreveu e passei o recado a Caleb Sindores...Ele me respondeu com um último adeus : <b><i>pareceu</i></b> mais fácil para ele do que eu imaginava.<br>
Colhi mais flores do ano que vem e deixei em sua casa.Infelizmente, não fui a primeira a escrever buquês a ele, já havia outro : que é melhor que eu ( disse Caleb ).<br>
Ser breve não é o que melhor faço, é apenas mascarando que posso fazer o que breve não consigo.<br>
Adeus, Caleb Sindores<br>
Adeus, 2014 !</p>
Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-85780676927507252452014-11-22T01:03:00.001-02:002014-11-22T01:03:22.469-02:00Por duas horas em prantos <p>Desde ontem, o anseio me preenchia com a chegada data.<br>
Ali, como a noite de glória e aplausos que não me pertencem mais.Tive de confirmar, de ir.<br>
Lá cheguei minutos depois da reunião da qual eu quis fazer parte novamente, mas certamente é obra do destino : minha ansiedade se tornaria a delas.<br>
Vamos a sentar, a sentir com os pés descalços a madeira do chão e engolir com os olhos o vermelho das cadeiras.Aos poucos lotada.E, meus olhos já se esgotavam de lágrimas antes mesmo de derrubá-las.. - pelo menos as deixei lá.<br>
Ao começar, já perdi o senso de multidão e me senti acolhida ali, assistindo o que jamais deveria.No fim, tudo acontece ainda por um motivo.<br>
O meu desta noite poderia ter sido o amadurecimento artístico e sentimental da minha pessoa, com a superação da perda e de souber lidar com ela.Não.Simplesmente porque se trata de mim.<br>
A peça acabou e corri, sem coordenação nas pernas, até o palco e voei de abraço a cada uma, cada uma que ainda ocupa espaço no palco da minha memória.<br>
Sem fôlego não pude dizer nem o básico e deixei-me envolver na reminiscencia a ponto de esquecer-me das obrigações que devo cumprir logo.</p>
<p><i>Terminei terminada : em prantos.</i></p>
<p>No fim, perdi por hora meu lugar lá... <br>
O lugar mais belo do planeta me tirou um inesperado sorriso quando me disseram :<br>
" Você não era o...? "<br>
Conclui a frase, mas não a fase.</p>
Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-34874575771171223032014-10-25T23:53:00.003-02:002014-10-25T23:53:58.385-02:00PARTE 2<div style="text-align: justify;">
Sobre o palco, nada a se dizer.Continua o mesmo :belo, distinto e convidativo; com as escadas enroladas, tábuas de madeira mãe, luzes mais belas que as do céu e a essência indescritível.</div>
<div style="text-align: justify;">
Jurei que desta vez ninguém me veria derrubar as lágrimas, pois ninguém me veria no palco - mesmo eu ainda estando lá, de uma forma ou outra.Consegui chorar pra dentro as saudades do meu amor mais verdadeiro - verdadeira a arte de mentir.</div>
<div style="text-align: justify;">
O cansaço e suor valem quando em troca se pode estar aonde quer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em um certo momento sozinha, um dos poucos lá, me flagrei cantando músicas que não sei a letra, e, nessas letras que não conhecia senti a proximidade do que iria acontecer - além da fadiga e doença que agora me atingem - como se novamente pudesse prever, como em filme, meu próximo passo.</div>
<div style="text-align: justify;">
O que tanto se imagina, o ''como será'', o ''quando será'' e ''será'' se juntaram a outras duvidas certas, e foraam cessadas no final da noite quando as vestes pretas apenas deram espaço ao morcego.</div>
<div style="text-align: justify;">
O som pareceu melhor que o esperado, foi suave e interessante, como um drink inesperado - ou palavras.Nele tudo que já era sabido definiu o restante: o futuro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Como sera? a pergunta se repete, e mesmo assim ainda não sei responder - adequadamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Olhos cansados e vidrados na formação, assim como os pés quentes e afirmações baratas.Era uma nova visão, eram tempos de concretização do que deve ser.A contradição continua: adeus ao antigo, olá ao velho.</div>
<div style="text-align: justify;">
De nada importa, ainda tenho pancake suficiente para me iludir que ainda estou lá.</div>
<div style="text-align: justify;">
Era uma bela cadeira, bem localizado entre a correnteza dos atores correndo e os bailarinos fugindo da terra, como se digitassem a mais bela sinfonia que ainda não escrevi a mim mesma -para que eu saiba quem sou e fui.</div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, o que mais feriu não foi a falta do palco em si...Mas sim a falta dos aplausos e olhares a mim quando ele se esvazia.Sou dependente disto, é o meu vício.A magia acabou, gritar nas sombras não traz a paz que procuro, aquela que perdi andando distraída por aí...</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, enquanto sou o caos sem microfone, rabisco uns versos para tentar lá voltar!</div>
<div style="text-align: justify;">
Podem tentar me tirar de lá, as nunca de lá saí.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpf1/v/t34.0-12/10748641_650227501765154_703859646_n.jpg?oh=aa672b93b7641d65cac51e9779605f6e&oe=544E71B2&__gda__=1414419631_194e76972920ee2c9071ce83d9552bce" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpf1/v/t34.0-12/10748641_650227501765154_703859646_n.jpg?oh=aa672b93b7641d65cac51e9779605f6e&oe=544E71B2&__gda__=1414419631_194e76972920ee2c9071ce83d9552bce" width="400" /></a></div>
Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-49863968264698073582014-10-08T10:47:00.001-03:002014-10-08T10:55:10.933-03:00Adesão de fantasias <p>As fantasias vividas acordada me tornam mais fixada no irreal.<br>
Eu acredito no destino e em todas as conseqüências dele.As forças que me tomam acerca de Caleb Sindores e todo o seu universo de...inversão de valores :Deixando-o de lado, achei a mim mesma surpresa em frente ao espelho cerrando o reflexo que já sabia existir.<br>
E esse reflexo tomou conta da situação, fazendo-se de negação à reconhecimento de ser estupefado pelo dono dos delírios.<br>
Quanto mais falam que deve ser, mais é!<br>
</p>
Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-6965979972617249392014-09-29T13:39:00.001-03:002014-09-29T13:39:12.500-03:00Uma fábula psicanalista Era uma vez um menino comum, com pai e mãe.Ele se chamava Jonathan e tinha apenas oito anos quando escreveu seus primeiros versos sobre sua feliz família, assim eram:<br />
<blockquote class="tr_bq">
'' Meu pai é meu herói<br />Eu quero ser para sempre o queridinho da mamãe.''</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Rabiscou estas palavras na parede em que, dois dias depois, foi colocado seu guarda roupas, cobrindo a bela história.Quinze anos se passaram, e Jonathan agora já era formado em filosofia na faculdade, até que, em um agradável dia, ao visitar a velha casa, descobriu a travessura deixada na parede e que, de fato, ele também era pesquisa de Freud.</div>
<div style="text-align: justify;">
Analisou atenciosamente sua projeção em seu pai e não aceitação da perda do colo da mãe.Frustrou-se a estudar o Complexo de Édipo e neste encontrou respostas dos frequentes conflitos com o pai ao defender a mãe.</div>
<div style="text-align: justify;">
Dois dias depois, em um domingo, Jonathan foi encontrado morto no mesmo local.Suicídio.Fora seu Id gritando morte ou Superego o protegendo da verdade?</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://acartola.zip.net/images/cartola.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://acartola.zip.net/images/cartola.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
B²Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-37079813021811119122014-09-24T15:43:00.000-03:002014-09-25T22:17:54.689-03:00Deidade <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOaUzwk1rdnmtOH4f83_oUsGPfr6Ml8Q6ebGcW4HK2CPHZF0g5hxR0lwSaDUt_uVIpFrb09f5T1WhCEKG7VnWOnk8Dxy_f-HYcIKMYKFCDusNk72Os846yf6SAUwzkDx2MUPsFUzNfGV4/s640/2014-09-24%25252014.19.48.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOaUzwk1rdnmtOH4f83_oUsGPfr6Ml8Q6ebGcW4HK2CPHZF0g5hxR0lwSaDUt_uVIpFrb09f5T1WhCEKG7VnWOnk8Dxy_f-HYcIKMYKFCDusNk72Os846yf6SAUwzkDx2MUPsFUzNfGV4/s640/2014-09-24%25252014.19.48.jpg" height="200" width="150" /></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
A faca não sacia apenas a dor dos que querem tirar a vida, claro que não.</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
A faca esculpe na pele, mesmo sem o toque, as palavras que não querem ser esquecidas</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
- e nem devem -</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
Assim foram:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="clear: both; text-align: center;">
"<i>Porque este meu amor<br />tem nome e sobrenome<br />Apresento com louvor<br />Caleb Sindores"</i></blockquote>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Ao fim da tarde</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
A faca se foi,sã e limpa.</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
Com cabo de madeira bem velha,</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
E ponta afiada em aço de boa qualidade,</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Lacrava em sua essência um poder inimaginável:</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
Quieta na gaveta cuspiu a tinta que sobrara, fez desenhos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Eram cães, cidades, rosas e príncipes de olhos escuros e barba.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Foi tamanha a confusão já explicada por muitos profissionais antes.</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
Os desenhos tomaram vida, as cidades tão azuis se juntaram às existentes, </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
As rosas foram junto para compartilhar a beleza e paz nos corações humanos,</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Já os príncipes se separaram formalmente, exceto um aqui permaneceu:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Aderiu aos conhecimentos do mundo e os tomou como seus próprios,</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Tornou-se mestre e deixou a barba crescer para enganar o tempo,</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
Vestiu versos, óculos, ironia, sensualidade e conhecimento,</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Adotou a voz serena e provocadora entre os tais lábios,</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
Ensinou ao povo a adoração aos deuses e mortais,</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
E, em uma branca manhã de segunda-feira</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
Tomou como verdade a volta da faca,</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
Entre o peito pulsante e a pá</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
Escolheu viver.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
B²</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<!-- Blogger automated replacement: "https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2Flh4.ggpht.com%2F-kK4kKsF1kPc%2FVCL-gTMYJxI%2FAAAAAAAAARA%2FHL4QK2IRatY%2Fs640%2F2014-09-24%2525252014.19.48.jpg&container=blogger&gadget=a&rewriteMime=image%2F*" with "https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOaUzwk1rdnmtOH4f83_oUsGPfr6Ml8Q6ebGcW4HK2CPHZF0g5hxR0lwSaDUt_uVIpFrb09f5T1WhCEKG7VnWOnk8Dxy_f-HYcIKMYKFCDusNk72Os846yf6SAUwzkDx2MUPsFUzNfGV4/s640/2014-09-24%25252014.19.48.jpg" --><!-- Blogger automated replacement: "https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOaUzwk1rdnmtOH4f83_oUsGPfr6Ml8Q6ebGcW4HK2CPHZF0g5hxR0lwSaDUt_uVIpFrb09f5T1WhCEKG7VnWOnk8Dxy_f-HYcIKMYKFCDusNk72Os846yf6SAUwzkDx2MUPsFUzNfGV4/s640/2014-09-24%25252014.19.48.jpg" with "https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOaUzwk1rdnmtOH4f83_oUsGPfr6Ml8Q6ebGcW4HK2CPHZF0g5hxR0lwSaDUt_uVIpFrb09f5T1WhCEKG7VnWOnk8Dxy_f-HYcIKMYKFCDusNk72Os846yf6SAUwzkDx2MUPsFUzNfGV4/s640/2014-09-24%25252014.19.48.jpg" -->Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-57695638589260810392014-09-22T21:04:00.000-03:002014-09-22T21:11:06.457-03:0010:55 am ( Implacável )Eu estou no presente continuo com direito a gerúndio ainda me sentindo desbravada,<br />
como quem não tem o que esconder, nada de errado ou proibido<br />
foi no passado nada simples difícil de fitar os olhos, algo parecia impedir o contato - provavelmente é o distanciamento da realidade de tantas coisas - que só me faz sublimar mais e melhor.<br />
É...e , se pudesse dizer, o que se alastra em meu peito quando o ar que é trazido pela porta branca me atinge, o perfume sempre incerto como o segundo dia da semana.<br />
Se fosse recíproco, os sonhos não teriam função a não ser retratar o que se quer ouvir, mas as provocações já são suficientemente fontes de saciedade diante de toda confusão.<br />
Parece até amor de gente que corta metade do cabelo! Sentimento de Platão mal resolvido.<br />
A correria de lá pra cá é evidente e degustada nas palavras bonitas que escrevo na folha em branco, nas linhas que apelam e gritam piedade diante do excesso de purismo - que é preciso para que tudo vá de acordo com o plano.São lentes nos dois lados, causadoras de espasmos em ambos, recebem e doam, atiram e são atingidos, batem e apanham.Masoquismo aqui, Sadismo lá? Ou será saudosismo ?<br />
Chega.Vou me poupar aqui, não são todos os olhos que merecem ou devem ler o olhar de............<br />
Ah! Os suspiros são inevitáveis, mas o exacerbado tom de noção não.<br />
Sorriso, escorre pelos lábios ardente e maduro.<br />
Desejo boa noite enquanto o devido termo é aqui tido como subliminar.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Pyc9yNuVW3yp46hNiNDmz6c9XD-S1dE0YXXONzp1C4djPPAfueTxsdo0vDfbC8l6f07O-EoQwl25gv00tiF0tRN333vHxsALDCEEojfv44XFU907iMPucFKmbVcX8c8orbkCY_iK7-E/s1600/agua.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Pyc9yNuVW3yp46hNiNDmz6c9XD-S1dE0YXXONzp1C4djPPAfueTxsdo0vDfbC8l6f07O-EoQwl25gv00tiF0tRN333vHxsALDCEEojfv44XFU907iMPucFKmbVcX8c8orbkCY_iK7-E/s1600/agua.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
B²Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-33885726189461894142014-09-16T06:35:00.000-03:002014-09-22T21:00:32.836-03:00Platônico Gêmeo Ardor <br />
Bom dia espelho de Sol<br />
É dia onze <br />
Febril e patriarca <br />
Na luz de longe<br />
<br />
Diz adeus com café seco<br />
É essa voz<br />
Minguante e consciente<br />
No outro vão veloz <br />
<br />
Lança ósculo de má fé<br />
É nessa mão<br />
Firme e politizada <br />
No mar em vão<br />
<br />
Adormece e livra o lençol<br />
É onde mora<br />
Silencioso e condenado<br />
Na morte certa hora<br />
<br />
Unânime cala o sem fim<br />
Ê o olhar<br />
Sedentos e adeptos<br />
Na visão a provocar <br />
<br />
Mentor falha ao viver aqui<br />
É ser vital<br />
Digno e incontestável<br />
No colo inibe banal.<br />
<br />
<br />
B² Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-19319328025942683992014-09-14T16:52:00.002-03:002014-09-14T18:09:49.053-03:00Insanidade e Sonhos Reais Demais/De MaisPoucas almas são capazes de distinguir ...<br />
<br />
Caleb era um detento da vida e prisioneiro de si mesmo<br />
Ele forjava segredos nos olhos de quem o queria ver<br />
Ela forjava os sonhos para melhor vi(ver) durante o dia<br />
E as noites mais frias continuavam os mesmos lamentos<br />
Mas, aquela manhã de domingo começou diferente<br />
A lembrança do acontecido e sonhado era agora distinguido<br />
Finalmente!<br />
Nas tentativas de garfar o molho ela perdia a atenção<br />
Do que dizia e tentava defender incoerente como sempre<br />
Silenciou-se para observar com atenção Caleb, em tudo<br />
Em nada, era lá fora com ela e com o que mais estivesse<br />
Mil versos ela escreveria, já que palavras são infinitas<br />
E descrição em ambos sentidos não era um de seus melhores<br />
Para findar ela bebeu todo o absinto que encontrou empoeirado<br />
Era a fuga e a solução para seus problemas desfigurados<br />
Pouco absorveu depois do fogo descer por sua garganta aflita<br />
Ouviu ''estranha'' e viu tudo girar ao infinito sem música<br />
Ele se aproximou e a abraçou como quem vai embora<br />
Mas falou baixo em seu ouvido palavras que ela não ouviu<br />
Entretanto ela havia entendido o que ele queria dizer lá<br />
O puxou pela mão e ele, surpreso por ela estar ali com ela<br />
Repetiu o dito antes e olhou fundo nos olhos escuros<br />
Lá encontrou tudo já conhecido há certo tempo incerto<br />
A mão estava no cabelo, e agora os lábios dele nos dela<br />
Foi puro, e por isso tão errado - até mesmo diante do limbo<br />
Pediu silêncio e segredo, ela concedeu e foi ele embora só<br />
Ao pensar no que acabara de viver, surtou como nunca antes<br />
Perguntaram onde estava o tal Caleb Sindores e suas ideias<br />
Exitou falar de boca aberta e seu fraco coração parou de pulsar<br />
A levaram ao hospital<br />
Ligaram para a família<br />
Chamaram todos os médicos<br />
Injetaram de tudo:<br />
Morfina, Realidade, Coerência e glicose<br />
O doutor aflito comentou com a enfermeira<br />
''Nunca vi um caso assim, é muito estranho''<br />
E, estranho era de fato um bom adjetivo para ela<br />
Apenas perdia a posição de melhor para o perfeito:<br />
Louca.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbTLIQe9Ny7wwWaHrAJkqFgDhFokmrM1rvGdqDGGv7nzE2GyFv9-KhdnpOCP_vqQei3evuJgC1gcQf_vvPAdDpFZTAaV7HYR79GHgUFXlc8TxV33iX0eIlA6LLLfpSgW39ey849wmrGqk/s1600/olhos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbTLIQe9Ny7wwWaHrAJkqFgDhFokmrM1rvGdqDGGv7nzE2GyFv9-KhdnpOCP_vqQei3evuJgC1gcQf_vvPAdDpFZTAaV7HYR79GHgUFXlc8TxV33iX0eIlA6LLLfpSgW39ey849wmrGqk/s1600/olhos.jpg" height="117" width="200" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
B²<br />
<br />Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-35701171831841970272014-08-23T17:19:00.001-03:002014-08-24T19:36:21.637-03:00Enfermo<p>Passando a sala e a porta de vidro estava o homem, deitado na cama, cheio de cobertas.As pernas dobradas, e seco estava, pele e osso.Cabelos todos brancos e só um braço pode mover.<br>
Ele viu a todos e se emocionou, rolaram lágrimas por seu rosto sofrido.O clima era tenso e era evidente que ele sabia que quando diziam o quão bem ele estava não era suficiente, o estar bem era agonizante.<br>
As histórias contadas no cômodo ao lado tornavam a tristeza ainda mais profunda.O outro soube entretê-lo com a voz falha e olhos ao chão, nem mesmo a mulher aceitava.<br>
Uma cidade tão bela e uma situação tão delicada.<br>
Um sábado tão lindo e uma luta tão árdua.<br>
...</p>
Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-47723650789230391332014-08-17T21:51:00.000-03:002014-08-17T21:51:16.097-03:00Eu Tive Que IrVoando pra casa, com asas abertas para sentir o vento em meus cabelos, as constelações em meus pés e o presente continuo com direito a gerúndio ...Ainda me sentindo desbravada.<br />
Uma despedida cruel e a estréia formosa assim, na mesma noite.<br />
Como a música já me falava, me foi dito o mesmo antes de tudo:<br />
- <a href="https://www.youtube.com/watch?v=N5rbOMb6w9E">Não temos tempo a perder</a>.<br />
<br />
( osculum ) !!!<br />
<br />
De fato não havia.E, devo confessar, a falta de tempo nunca me foi tão bem vinda.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O caso é que evitei, ao máximo, transcrever mais um passo meu em prosa, poesia ou o que fosse; pois aprendi com os porres neste blog que as vezes não devo contar tudo aqui.<u>Mas</u>, como sou teimosa de berço, ignoro minhas recentes regras para compartilhar em diário a doçura.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="text-align: justify;">O pleonasmo me impede dizer que a doçura foi doce.Já a metalinguagem aceita minha perdição que, você leitor faminto, deseja saber qual é - nunca direi já que há meios melhores de se saber.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilxiktSwGYO7wkYavW5BhIxtrZZ3-gHUw6Glr3G4-LQQc5xzVF7koU7HRdTOrW90qY6dOHfBlcDG-dJaSal1x_H3h1BuzLNLYI03Qsf_u1PL8SRBsb-kysZEhx3zVxRckCozrAjQJscVg/s1600/arvore+loka.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilxiktSwGYO7wkYavW5BhIxtrZZ3-gHUw6Glr3G4-LQQc5xzVF7koU7HRdTOrW90qY6dOHfBlcDG-dJaSal1x_H3h1BuzLNLYI03Qsf_u1PL8SRBsb-kysZEhx3zVxRckCozrAjQJscVg/s1600/arvore+loka.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Ah...<br />
...<br />
A falta de palavras me perturba<br />
O uso exacerbado de artigos também<br />
Como devo então esconder este sorriso<br />
Se os lábios não o contém ?<br />
...<br />
Deixe de jogo e acabe com o silêncio dos gritos meus<br />
Segure minha mão novamente enquanto rio<br />
Não dê importância à minha falsa timidez<br />
Pois é só nervosismo aqui no frio<br />
...<br />
Acho que acabei de expor ou declarar<br />
Neste domingo com ócio<br />
Tudo aquilo que senti quando me disse<br />
''Não temos tempo a perder ''<br />
<br />
B²<br />
<br />Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-24508352896119142352014-08-10T01:14:00.001-03:002014-08-10T01:26:34.440-03:00O Palco Que Não Tenho Mais <p>A incerteza e ansiedade eram certas.Até mesmo em sonhos lá estavam, no esperar dessa noite, abusivas da minha falta de aceitação e excesso de teimosia.<br>
Cheguei : arrumada e livre de malas, comprei o ingresso e mesmo com ele nas mãos ainda não tinha percebido o que estava a fazer.Entrei : as vi ali, sentada orando me fez crer divinamente em seu papel; dançando e recebendo as almas me fez lembrar das histórias que gosto de lembrar; de olhos fechados meditando me fez duvidar da serenidade que não conhecia nela; curavada ao leste falando baixo me fez temer o que havia por vir.A narração por voz tão conhecida logo teve seu efeito, não apenas escutei como ouvi.O ciclo por ela narrado tornou a melancolia mais uma personagem daquele salão.<br>
Tomei meu lugar na tão triste platéia.Lá, nas cadeiras vermelhas, sentia o aroma do gelo seco e via as luzes por trás das cortinas, sabendo o que faziam lá.Começou: o vídeo se iniciou, e, quando descobri que mesmo não fazendo mais parte daquela família eu poderia estar com eles, automaticamente, meus olhos se encheram de lágrimas.Mas nenhuma havia caído até então.<br>
Pude então estar no palco e na platéia revivendo alguns instantes do ano anterior, me cobri de sorrisos e reminiscencia e aplaudi a entrada de um novo show sem mim.<br>
As danças foram belas como sempre mas quando aquela música começou... Não havia afeto que me impedisse de desabar em choro.Elas estavam lá,todas, lá, no palco, lá, todas, lá, sem mim.A expressão foi transferida daquele rosto para o meu e, de uma em uma, cada gota salgada que saía de meus olhos era ganho merecido daquelas atuações.Pasmei.Sofri eu a seringa em minha veia, puxei eu o gatilho contra minha cabeça e bati eu naquelas garotas.<br>
Quando abandonaram os focos de luz, demorei a me recuperar, e quando finalmente o fiz elas retornaram - juntas das lágrimas.<br>
Findou para que pudesse subir aquela escadaria de quatro degraus que me separaram de meu devido lugar.Lá, finalmente, as abracei e contei tudo que senti.Antes que houvesse mais delongas voltei ao choro descontrolado e admiti a falta soberba, não só daquele palco, mas de todas aquelas pessoas que o tornavam meu lar.<br>
Eu me emocionei, e minha emoção as emocionou.Queria poder dizer que aqueles abraços foram suficientes, mas de nada vale a mentira diante de tanto encanto.<br>
Só me resta esperar um retorno, algum dia, para o camarim, e poder subir as escadas, temer a platéia, olhar de relance pelas coxias e, no palco enfim, ouvir o eco de meus pés na madeira, queimar os olhos com a iluminação e receber pelo personagem aquilo que me falta sendo apenas eu.<br>
A única consolação que ouso acreditar é que se me foi tirado é devido que receberei futuramente presente ainda melhor - isso se há.<br>
Palco,palco,palco...<br>
Tudo que queria era poder cantar:<br>
"No alto da montanha tinha uma coruja,<br>
noite de Lua saía pra cantar<br>
tchu tchu,tchu tchu<br>
tchu tchu tchu tchu tchu tchu<br>
tchu tchu, tchu tchu<br>
tchu tchu tchu tchu tchu tchu "<br><br></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggl7npHQBJIHEm9vtw_Vl_Ec09JTTcTJa3_Ds1fRKKv_LEM82RrlZflP91vIypRn4kEE5TnlCmF4B6nDOBp2cGqM3_HOyDlb2stf6jzPEgXRcP59aCQQsUwapaNvsm7I5m4_AYjejw4-A/s1600/2ec6c3820f534e8261e083025cbe2c09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggl7npHQBJIHEm9vtw_Vl_Ec09JTTcTJa3_Ds1fRKKv_LEM82RrlZflP91vIypRn4kEE5TnlCmF4B6nDOBp2cGqM3_HOyDlb2stf6jzPEgXRcP59aCQQsUwapaNvsm7I5m4_AYjejw4-A/s640/2ec6c3820f534e8261e083025cbe2c09.jpg"> </a> </div>Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-34988528613650011822014-08-07T14:40:00.000-03:002014-08-07T14:40:05.824-03:00Tormento sem Glória<div style="text-align: justify;">
A virgem Maria retornou à Terra.Suas mãos brancas e frias tocaram o próprio ventre e assim soube que seu incontestável destino chegara, sem avisos prévios ou razão para aquele coração bater dentro dela.Estava horrorizada e incrédula com o fruto carregado por aqueles meses em silêncio, sem conhecimento ou consentimento.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fora vítima dos becos escuros nas grandes cidades? Pior.Fora enganada na manipulação festiva.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não adianta chorar os rios que nunca conhecerá, menina; não lamente os rosto do passado ou os pecados cometidos contra a coroa de sangue, a culpa é inegável.</div>
<div style="text-align: justify;">
E ela dizia que sua vida estava amaldiçoada, gritava o nome mal-dito e fechava os olhos para a conclusão.Pensou...Quando foi que rogou ao fogo pedindo um feto? Quando foi que assinou o contrato com o anjo mau? O que ganharia em troca? Quando aquele suplício teria fim? Onde está o outro responsável? Lá. Lá no passado, em uma memória mal gravada, ele exalava incoerência.</div>
<div style="text-align: justify;">
Nada pode seguir em branco. O esquecimento não é uma opção. Até mesmo um sentimento incômodo deve estar registrado para que se obtenha o amadurecimento e se apenda o valor do tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
O fecho está naquela conversa, a mais simbólica de muitos anos.Infelizmente, ate mesmo o fim tem início com o educado balançar de cabeças no cotidiano para reviver o costume da fala.Mas, por hora, não se deve subestimar tal agrado quando a cruz ainda está no peito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
B²Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-14874865584890626062014-07-31T15:01:00.000-03:002014-08-02T10:11:34.476-03:00Primeira Pessoa do Singular em Outro LugarEu cá, com cabelo dividido ao meio pagando de indolente, caída no chão de um banheiro sujo a observar um rato cruzar os meus pés, absorvendo os odores e inacabada por um pensamento qualquer.Não.Qualquer, não.É reflexo escuro porque meu egoísmo é igual de minhas palavras, da mão que só sabe dirigir-se ao espelho e este só vê: retrato, distorção dos sentidos e sorriso descarado ao forçar minha cabeça à outra em frente.<br />
Eu lá, com corrente no pescoço e morcego no peito, na ponta dos pés no chão de madeira dançando e rodando o vestido liso ao som de um bandolim feliz, a idealizar mais uma figura moderna.Não. Moderna, não. É presente desde os primórdios as sequelas do que pode ser descrito como pureza, sendo principal motivo de um sorriso, nas cobertas envoltas por pés frios e crentes na chegada imediata de outros.<br />
Eu - <i>que vá</i> ! - dependente da morfina encontrada em solo fértil, distante dos meus pulsos sangrentos da pena e da tinta.Fluente de uma língua estrangeira inútil em ruas de areia sem pedras para certificar a veracidade, dos que cospem mel e mastigam as abelhas, contrária à disciplina mostrada e adquirida por aquela que aqui fala : A rainha da subjetividade, com todo o prazer.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8cmbHM2k4jfP5b20OzmIpOSLJstxusoMMZrkSRaMvTzfiU79WFn6ys3LtJ9nsRhiwB1zOGi5Vjnp9XKLq6UU4KLnJo8qwrTIysD29aDCY_YKdHbDlg89fxRdMLda7tcEM5sIoy6aN2nY/s1600/2014-04-18%25252019.19.49-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8cmbHM2k4jfP5b20OzmIpOSLJstxusoMMZrkSRaMvTzfiU79WFn6ys3LtJ9nsRhiwB1zOGi5Vjnp9XKLq6UU4KLnJo8qwrTIysD29aDCY_YKdHbDlg89fxRdMLda7tcEM5sIoy6aN2nY/s640/2014-04-18%25252019.19.49-1.jpg" /> </a> </div>
Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4948118318706174412.post-33215860122963720282014-07-24T17:11:00.000-03:002014-07-24T17:11:00.037-03:00Nota de Falecimento <h3 style="text-align: center;">
Luto</h3>
<div>
<br /></div>
A quem interessar saber, neste dia guardamos a lembrança da data de um ano de morte.Morte incompleta, a pior delas.<br />
A incerteza e o temor foram gritados 365 dias atrás, cuspidos da garganta e não mais sufocados no papel pois atingiram um nível superior na escala de importância social e emocional.Olhes para estas mãos, o que vês? Branquidão em forma de cruz para jamais sob circunstância alguma ser esquecido os pecados, falhas, erros, brigas e, principalmente, o preço que deve ser pago devido a aceitação do fruto proibido.<br />
Peço que juntais tuas mãos e rogue alto a prece que achais mais adequada.<br />
Tudo que deveria ser dito sobre a data inicial deveras fora para que o papel não se rasgue como a garganta do falecido, uma vez dono da pureza que o foi tirada e da sanidade admirada até então.<br />
Hoje, hoje e nenhum outro dia, a data nasceu podre e molhada pela chuva irônica dos céus para a refazer a tristeza bordada nos olhos que um dia estiveram abertos.<br />
Nem mesmo as cartas de amor possuem magia suficiente para deter as lembranças misteriosas e únicas da nunca silenciosa e sempre temida morte.Um nome de significância bela e profundamente inspiradora quando romântica não oferece suas palavras neste dia para acolher tamanha dor, mas é esperado que esta pessoa reapareça em alguns dias - dizem os otimistas.<br />
Não foi nenhuma espada que cortou nenhum coração, foram palavras que deram fim àquela vida sem medo até que a tão falada sinfonia do destino trouxe, por motivos ainda desconhecidos, o fatal piscar de olhos e bater de portas pela eternidade.<br />
...<br />
Mas quem foi que morreu?<br />
-Fui eu.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhisHhWPOd9l8JNnDq1o-6QaKrSHCaUkRRt9fDQg-HYsgEz4QkCVJMdG1KDpJ-zzZCApiniRKuvCH5EduywtrIXDavlMaodDo6qnleOJuszcZQlGVWBs3eEpdzJ9Y2bxPgfI2_VE7iBkvU/s1600/eu+lalalalla.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhisHhWPOd9l8JNnDq1o-6QaKrSHCaUkRRt9fDQg-HYsgEz4QkCVJMdG1KDpJ-zzZCApiniRKuvCH5EduywtrIXDavlMaodDo6qnleOJuszcZQlGVWBs3eEpdzJ9Y2bxPgfI2_VE7iBkvU/s1600/eu+lalalalla.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
(Não se brinca com aquilo que não é verdade, e mentira alguma se encontra aqui.)<br />
B²Bia Bidinottihttp://www.blogger.com/profile/11525460133344568898noreply@blogger.com0