quinta-feira, 31 de julho de 2014

Primeira Pessoa do Singular em Outro Lugar

Eu cá, com cabelo dividido ao meio pagando de indolente, caída no chão de um banheiro sujo a observar um rato cruzar os meus pés, absorvendo os odores e inacabada por um pensamento qualquer.Não.Qualquer, não.É  reflexo escuro porque meu egoísmo é igual de minhas palavras, da mão que só sabe dirigir-se ao espelho e este só vê: retrato, distorção dos sentidos e sorriso descarado ao forçar minha cabeça à outra em frente.
Eu lá, com corrente no pescoço e morcego no peito, na ponta dos pés no chão de madeira dançando e rodando o vestido liso ao som de um bandolim feliz, a idealizar mais uma figura moderna.Não. Moderna, não. É presente desde os primórdios as sequelas do que pode ser descrito como pureza, sendo principal motivo de um sorriso, nas cobertas envoltas por pés frios e crentes na chegada imediata de outros.
Eu - que vá ! - dependente da morfina encontrada em solo fértil,  distante dos meus pulsos sangrentos da pena e da tinta.Fluente de uma língua estrangeira inútil em ruas de areia sem pedras para certificar a veracidade, dos que cospem mel e mastigam as abelhas, contrária à disciplina mostrada e adquirida por aquela que aqui fala : A rainha da subjetividade, com todo o prazer.

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