sábado, 12 de abril de 2014

Inédito e Esquecido

Ouvi dizer que o neto caçula tinha algo a dizer.
Se disse? Eu perguntei a ele mas nada saiu de seus lábios.Tamanho seria o desperdício de suas cordas vocais com insignificante informação.
Olhos firmes, rosto maduro e sarcasticamente familiar.Ombros largos e imponente voz na suavidade de um ser criança.
Oscilava entre a luz e as trevas, opondo-se às próprias memórias de esquecidos nomes que, nas noites embriagadas de suor, compartilharam seu ser.
Foi para não voltar; na noite que é senhora de escravos sorridentes , belos, altos , e, desatentos às palavras silenciosas arremessadas em seu peito.
No relance de olhar conclui o que já era sabido: Não existe verdade senão no irreal.Apenas o sonhador conhece de fato os integrantes e cúmplices de seu crime, como o sorriso daquele que fora inesperado e voltara em decepção.
À aqueles que lêem para usufruir da inocência das histórias, saibam pelo neto mais novo outra versão; pois esta que aqui está, só eu posso comprovar.
Tenham cuidado amados...Os que mais cedo vão se parecem muito com vocês!

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